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  • dterrapraalma

Ser diferente num mundo tão igual

Atualizado: 3 de jul. de 2023

Algumas pessoas me dizem que não devo confiar tanto, outras me dizem que vivo no meu mundo de fantasias e que a realidade é outra. O que mais ouço ou sempre ouvi ao longo da vida é... “como você é diferente!”. A verdade é que acredito nas relações de maneira que possam ser abertas, verdadeiras e transparentes.


Se no encontro com outra pessoa eu não puder ser como sou, não puder acreditar que quem está na minha frente está dizendo a verdade ou que aquela relação que está se iniciando pode valer muito a pena, então, simplesmente não consigo seguir.


Não sou alguém que consegue mentir, enganar ou disfarçar bem o que sinto.

Não sou a pessoa que vai se contentar em relações teatrais, superficiais ou de interesse.


Então, como faço pra continuar acreditando, mesmo que na maioria das vezes me decepcione e me machuque profundamente?


Todos os dias busco formas de renovar minhas crenças no ser humano, busco inspirações em outras pessoas, busco viver conforme acredito e assim, vez ou outra dou a sorte de conseguir construir relacionamentos maravilhosos com quem também se permite conhecer e se entregar, recebendo a alegria da conexão real e verdadeira. Aos outros, hoje em dia, apenas deixo que sigam e encontrem suas verdades, assim como eu também busco as minhas.


Preciso continuar acreditando que vale a pena, que é possível limpar esse mundo de tantas máscaras e tinturas que encobrem a verdadeira pessoa por trás delas, extraindo das experiências boas e más tudo que me é permitido aprender.


Por isso gosto de pessoas e almas de cara limpa. Elas me encantam. Só me entristeço quando vejo que muitas delas se machucaram tanto que deixaram de acreditar. Vejo a pessoa por trás de sua dureza ou seus medos, uma alma sensível e doce que também busca um abraço e um sorriso sincero, num mundo onde o que mais falta é presença. Ser presente pra si e para o outro. Só isso bastaria. Isso é muito, é tudo que realmente tem valor, mas raramente ofertamos ou recebemos. E assim seguimos todos(as) carentes de Presença.


Sou consciente de que sou pequena, cheia de erros e acertos, belezas e feiuras, qualidades e defeitos.


Sou uma aprendiz. Erro mais do que acerto, mas estou no exercício de baixar minhas armas, me abrir ao que o outro tem pra me oferecer, aprender a respeitar o tempo nas relações, eliminar julgamentos pessoais ou alheios, diminuir expectativas e assim, frustrações.


Muitas vezes dói. É desafiador mudar, olhar as próprias limitações, aceitar os próprios erros e aprender com eles. Um exercício constante e diário.


Se vale a pena? Vale sim. A cada encontro significativo comigo mesma ou com outras pessoas, me transformo um pouco, solto amarras, me livro de pesos que carreguei por anos e me sinto mais feliz, um pouco mais leve e quem sabe, um pouco mais pronta pra tudo que vier pela frente. As dores chegam fortes, mas passam mais rápido e doem cada vez com menor intensidade.


Se você é igual a mim, então, seguimos com a canção que nos diz...

Pode se achegar Já era hora, tome teu lugar O que eu mais quero é tua companhia Agora sei o que antes não sabia O bom da vida é dividir o dia E degustar a dor e a alegria”


O segredo...

Deixar ir, respirar e se conectar com a voz do próprio coração. Acreditar no impossível dentro do possível de cada dia e entender que todas as respostas se encontram nesse intervalo de espaço dentro de nós.

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