Qual é o valor que você se dá? Qual é o valor que os outros dão a você e você aceita? Qual o valor de tudo que você conhece?
Você já parou pra pensar na grandiosidade que é ser você? Em quantos conhecimentos adquiriu pela vida? Na maneira particular que faz suas coisas? Na forma tão sua de se relacionar com o mundo e com as pessoas?
Já percebeu que sabe fazer coisas diferentes das que eu sei e que por isso podemos trocar e crescer juntos(as)?
Você já se perguntou porque faz o que faz? Porque deseja o que deseja? Porque sua vida é como é?
O mundo não está programado pra enxergar nada disso, pelo contrário. O mundo está programado pra valorizar e enaltecer poucas maneiras de aprendizado e modos de viver.
E assim, adoecemos, porque entendemos que somos pouco, que nosso conhecimento não é válido, que precisamos ser, aprender, ter, sempre mais e mais e pior, sempre diferente do que somos, aprendemos ou temos em nós. Quando criança, dá-lhe Ritalina, quando adulto, dá-lhe ... Diazepam, Rivotril, Lexotan, ...
Perdemos a oportunidade das trocas e das relações em profundidade. Perdemos a essência de cada pessoa que se dilui tentando se encaixar nesse mundo quadrado e chato que nós mesmos criamos.
E o que mais vemos são adultos enlatados, resmungões, infelizes com suas vidas pobres de experiências e alegrias. Pessoas correndo atrás da construção de uma vida sem sentido, embriagadas por drogas (licitas ou ilícitas), em busca de um corpo ideal mesmo que isso custe sua saúde, atrás de sexo fácil e rápido mesmo que a pessoa à sua frente nem seja conhecida, loucos por poder e dinheiro que na maioria das vezes serve mais pra acumular coisas. Sem contar que ninguém tem mais tempo.
A máxima é entender que cidades e arranha-céus são a melhor forma de se viver, desmatar e degradar a natureza, consumir sem reflexão, ocupar cada hora do dia, e por fim... correr pra praia ou pras montanhas durante as férias ou feriados, aguardar pelas sextas-feiras pra se “viver” ou buscar na arte um certo alívio e descanso.
Ser humano paradoxal!
De um lado a produtividade ensandecida de outro a Natureza, a Arte e a Simplicidade.
Ah, essas Belezas!
Porque são elas que nos envolvem, englobam, agregam, suavizam, comunicam, respeitam... Quando pensamos em arte ou em uma brisa suave, um entardecer, um luar, o bater de um coração... quase sentimos o roçar especial em nossa pele, sensivelmente. Chega arrepiar!
São essas delicadezas que nos devolvem pra quem somos e nos conectam de verdade.
Que vontade louca de dizer pra algumas pessoas que elas são maravilhosas e completas como são e que desejo trocar conhecimentos e Vida, porque o que elas possuem eu não tenho acesso em mim, não sei, não conheço, não aprendi ainda, ...
Então, aqui fica meu apelo... permita ser conhecido, suas particularidades, sua beleza, seus saberes, sua Luz. Vamos tomar um café, um suco, caminhar um pouco, conversar, ver o entardecer, costurar sonhos, rir e chorar juntos(as).
Apenas, permita! E o encontro de duas almas será sempre muito mais do que... muito prazer!